CASA 05
Carlos José, é pai de dois filhos, residente do bairro Redenção, junto de sua esposa que está grávida do próximo filho do casal. A casa possui 45m².
PROBLEMAS DA MORADIA
A residência é fruto de autoconstrução realizada utilizando tijolo cerâmico e possui 5 cômodos, sendo eles: Cozinha, dois quartos sendo um de forma conjunta com a sala, banheiro e área de serviços integrada com o quintal. A cobertura da casa é feita com uso de telhas de fibrocimento, não possuindo calhas e com um reservatório de 500 litros localizado acima da laje do banheiro, possuindo espaço para mais um reservatório, apenas existindo laje no banheiro.
Na casa foram encontradas deficiências estruturais como rachaduras e deficiências também de instalações hidráulicas com várias peculiaridades, como por exemplo a falta de uma pia na cozinha, ausência de portas em alguns cômodos, vários pontos de umidade, ferragens aparentes dentre tantas outras vulnerabilidades encontradas ilustradas nas imagens abaixo.
LEVANTAMENTO E DIAGNÓSTICO
Após visitar e avaliar o real aspecto da residência, foram feitos diagnósticos e levantamentos da situação real da casa, medições de áreas, qualificação das estruturas e instalações e quantitativos para se dar início as propostas realizadas por alunos da Equipe NEP. Esta atividade proporcionou que os alunos participassem desde a etapa de diagnóstico até a etapa projetual, ainda em fase de propostas.
PROPOSTA DE PROJETO
Após todo o diagnóstico e os levantamentos inloco da residência e a realização das propostas pelos alunos da Equipe NEP, a proposta tomou forma visando atender as reais necessidades da família. Uma das principais decisões foi a separação entre os cômodos sociais e íntimos criando assim maior privacidade para o casal. Além disso, a integração entre os cômodos sociais (sala e cozinha) aumentando a espacialidade dos ambientes e o tornando mais amplo. Além disso, o telhado sendo refeito provoca melhorias em aspectos como a altura do pé direito e o conforto internamente além da ventilação e iluminação natural da residência.
Jociara de Jesus, é mãe de cinco filhos, residente do bairro Grande Aribiri, junto de seu esposo que atua na profissão de marceneiro. A casa possui 45m².
Na casa foram encontradas deficiências estruturais com pontos preocupantes de reforços mal realizados, rachaduras e buracos no contra piso, deficiências também de instalações hidráulicas com várias peculiaridades, como por exemplo a falta de uma cuba no banheiro, ausência de portas em alguns cômodos, vários pontos de umidade e mofo provocando inclusive doenças respiratórias nas crianças, ferragens aparentes dentre tantas outras vulnerabilidades.
Neste ano de 2018, o projeto de extensão Adote uma Casa está mais abrangente e contando com a etapa de Vínculos e Parcerias. O projeto começou com uma proposta de Imersão no Adote uma Casa, no qual os alunos voluntários fizeram visitas técnicas, levantamentos, diagnósticos e relatórios que serviriam de base para o pré-projeto, que futuramente sofreria algumas modificações até ser escolhido e aprovado pela moradora.
O Adote contemplou a família da Jociara de Jesus Conceição casada com Marcelo Guimarães Conceição e os cinco filhos do casal sendo que apenas três moram com ela, para serem a quarta casa realizada no projeto. A família tem renda mensal de apenas 1,5 salários mínimos e a residência localiza-se no bairro Dom João Batista – Vila Velha/ES.
Além disso, este ano, o projeto visa abranger ainda mais famílias de forma direta, com o auxílio dos professores coordenadores e alunos bolsistas de forma a orientar os moradores em suas reformas, autoconstruções, instalações, entre outros, por meio de assessoria técnica fornecida em espaço físico.
Levantamento e Diagnóstico
Proposta de Projeto
Após todo o diagnóstico e os levantamentos inloco da residência e a realização das propostas pelos alunos da Imersão, foram selecionados dentre os projetos realizados aqueles que eram mais funcionais e que mais atendiam as reais necessidades da família. Após algumas revisões e modificações, o projeto foi escolhido e aprimorado.
Uma das principais decisões foi a criação de um segundo quarto já que apenas existia 1 quarto para todas as pessoas que ali residiam. Além disso, optou-se por criar uma sala integrada com a cozinha, criando um ambiente mais amplo, ventilado e iluminado.
Obra Iniciada!
Após a etapa de orçamentos, parcerias e cronogramas, foi dado o início no dia 11/06/2018 à obra da quarta casa. Todas as etapas foram previamente planejadas de forma a cumprir um cronograma e prever antecipadamente cada gasto e etapa da obra, desde a primeira etapa até a entrega final da casa finalizada.
O Projeto de extensão "Adote uma Casa", iniciado em 2015, é uma parceria entre o NEP/UVV (Núcleo de Práticas e Ensino em Arquitetura, Engenharia e Design) e a MOVIVE e tem como objetivo realizar projetos que contribuam para a melhoria das condições habitacionais de famílias moradoras de Vila Velha, a serem construídas por meio de recursos disponibilizados por parcerias e alianças preestabelecidas, e enfocando três temas preestabelecidos: conforto ambiental, salubridade e acessibilidade. Para serem incluídas no projeto "Adote uma Casa", as pessoas interessadas devem comprovar possuir a posse efetiva do imóvel em que residem e comprovar renda familiar de até três salários mínimos. Feitas as visitas às casas para medições e levantamento de dados necessários ao projeto, procede-se ao diagnóstico. As soluções e estratégias de projeto pensadas pela equipe do NEP são registradas em relatórios, memoriais e documentos de projeto.
Atualmente, o Projeto "Adote uma Casa" possui um site (http://adoteumacasa.wixsite.com/oprojeto) onde podem ser conferidas suas ações, sendo uma delas a de buscar recursos para viabilizar a execução das moradias. Desta forma, em 2016 o projeto expandiu a sua atuação para o município de Vitória, região da Grande São Pedro, onde realizou a reforma de uma residência, em parceria com a Fundação Beneficente Praia do Canto, sendo metas do projeto a busca constante por novas parcerias e a captação de recursos financeiros para viabilizar a execução das obras de melhorias de novas moradias a serem atendidas.
Dando continuidade em 2017 ao projeto, foram executadas melhorias em duas moradias no bairro Dom João Batista, região da Grande Aribiri, Vila Velha-ES.
O projeto de extensão Adote uma casa no ano de 2017 teve grandes ações, onde teve a colaboração de parceiros e alunos voluntários.
As casas contempladas durante este ano foram das moradoras Carmosina e Juvenil do Bairro Dom João Batista, na região de Grande Aribiri em Vila Velha.
Durante a execução da obra foram realizadas duas ações de pintura, pelos voluntários da ArcelorMittal, nossos parceiros e pelos alunos voluntários de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Vila Velha.
Tiveram início novas parcerias, Argalit e Multinúcleo, e contribuição de antigas, ArcelorMittal e Alvomac.
Ao fim do segundo semestre, foram concluídas e entregues as duas casas.
Em outubro ocorreu o I Congresso de Arquitetura e Cidade na Universidade Vila Velha, onde o projeto foi apresentado para alunos e público presente.
Além disso foi organizado doações de fraldas para a próxima família contemplada.
Este projeto arranca de uma visão contextualizada da realidade econômica, social e urbana de Vila Velha e da Região Metropolitana da Grande Vitória. Espera-se alcançar mudanças na realidade ambiental e urbana, promover a construção da cidadania e da consciência social e, ao mesmo tempo, elevar a qualidade de vida da população de Vila Velha. O projeto tem como enfoque oferecer assistência técnica gratuita às famílias residentes em áreas de interesse social, organizadas em associações de moradores. Estes realizarão as obras, preferentemente em regime de mutirão. Desta forma, tais famílias serão atendidas com projetos de intervenção para melhoria de quesitos de conforto ambiental, salubridade e acessibilidade, além de orçamentos para execução de obras. Sendo assim, as atividades e projetos de extensão previstos no âmbito deste programa terão cunho prático, de investigação e de ação sobre a realidade. Deste modo se assegurará aos estudantes participantes condições para potencializar sua formação acadêmica, assim como para construir uma noção consciente, realista e transformadora acerca de seu próprio mundo, ao propor ações que interferem diretamente na qualidade de vida dos membros da comunidade, caracterizando-se, portanto, como “ações de extensão”.