Em 1979, Rosalind Krauss publica o texto Escultura no campo ampliado na October. O ensaio indicava a necessidade de ampliação do discurso crítico da arte que, passava por profundas transformações sendo levada ao questionamento de suas categorias tradicionais e a uma reconfiguração dos limites da escultura em direção a um campo partilhado entre a arte, a arquitetura e a paisagem. Em 2015, o crítico Hal Foster publica o livro O complexo arte-arquitetura no qual demonstra haver um novo tipo de relação complexa entre as práticas artísticas e contemporâneas. Para o crítico tal encontro teria como base o deslocamento do compromisso da arquitetura de vanguarda de uma relação com a teoria, para uma relação com a arte.

 

A pesquisa parte da hipótese de que, no encontro entre a arte e a arquitetura surgem novas relações entre arte e arquitetura. A intenção da pesquisa é identificar,  por meio da análise de casos, em que medida os novos nexos surgidos no recente diálogo entre as duas disciplinas realmente resultam em novas relações interdisciplinares. O recorte proposto para o estudo tem como limites a noção de campo ampliado proposto por Rosalind Krauss (1979) e a complexidade da relação entre a duas disciplinas observada pelo crítico Hal Foster (2015). 

 

Evidentemente, analisar toda a espécie de diálogo ocorrida entre arte e arquitetura no período (1979 e 2015) seria tarefa impossível. Assim, a metodologia empregada divide-se em etapas. A primeira envolve o estudo do diálogo entre as arte e arquitetura com base no referencial teórico disposto (sobretudo Krauss e Foster). A segunda envolve a seleção e a análise de casos com o objetivo de elucidar o diálogo entre a arte e arquitetura. Os casos selecionados são os arquitetos japoneses contemporâneos que que tem se destacado por práticas de interseção entre arte e arquitetura nas últimas décadas, tais como Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa.

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